Friday, February 16, 2007

Blerghh! Graniza, chove e troveja na capital... e na BN as tolas senhoras que por lá trabalham prevêm uma quase hecatombe metereológica, que, sem piedade, lançará o país em pleno oceano. Cabeças desocupadas têm tendência a exagerar...!;)

E já que falo de ajudantes "domésticas" (chamemos-lhes assim, de modo a não ofender sensibilidades nem "sindicatos"), não posso deixar de referir o artístico arranjo que a "minha" fez, ontem, no S10 do CUP XII. Bom, antes de mais há que frisar a excelência do desempenho profissional da senhora, que é uma funcionária óptima, e ultra-cuidadosa. Sobretudo se comparada com a super-calamitosa sua antecessora, agora removida para outra ala (para descontentamento dos habitantes "de lá" e alegria dos "de cá"!;)). É realmente tao cuidadosa que me muda as folhas do calendário quando me atraso em fazê-lo, e dispõe em montinhos as fichas de arquivos e bibliotecas.

Ontem, porém, não resistiu a misturar o seu amor pela ordem e arrumação com uma bizarria de gosto que não lhe conhecia. 5ª é dia de mudar os lençóis (nada de novo, portanto), e eu, há escassos dias, trouxe de Coimbra uma verdadeiramente quente manta de Manteigas, que os meus Pais de lá me trouxeram. Acrescente-se que se trata de uma autêntica manta de pastor - cumprindo o desejo de preservar a tradição têxtil local que é perseguido pela Ecolã, que a produziu. Todas e quaisquer dúvidas nesse sentido foram, aliás, desfeitas pela descoberta, nos recessos do vetusto e motta-vêiguico Castelo, de uma divertida e realista foto de pastores serranos posando há mais de 100 anos num penedo desértico. Todos tinham, ao lado dos seus varapaus, tachos de cobre e calças de burel (as tais que se punham em pé sem precisar de ter um utilizador, tal a sua consistência!), mantas iguais à minha. E uma manta de pastor quer-se escura e despretensiosa... por isso as de hoje ainda mantêm os padrões sóbrios, e oscilam entre uma paleta de castanhos claros e uma de castanhos escuros, eventualmente raiados de branco e dispostos em quadrados ou listas.

Pois bem, eu tenho (naturalmente...) a manta aos pés da cama, dobrada de forma "normal": ie, em rectângulo.

No entanto, quando ontem cheguei (e, confesso, a minha primeira e indignada reacção foi"quem usou a minha manta!?") constatei que o zelo pela ordem e arrumação da senhora encarregue das limpezas a levara a dispôr aquele pedaço de pano em forma de ... LEQUE! Sim, LEQUE! Um "lindo" leque castanho, contrastando violentamente com a colcha multicolor!

Inenarrável!;)

Thursday, February 15, 2007


A parvoíce é intemporal: na ressaca de 14/2

Todos achamos que os anúncios que enxameiam as extraordinaramente bizarras colunas de classificados, repletas de meninas/os que oferecem os seus préstimos por módicas quantias e damas e cavalheiros que pretendem descobrir, via jornal, a cara metade que a vivência quotidiana teimosamente persiste em não lhes apresentar são coisa relativamente recente.

Pois bem, um dos trabalhos que, nos dias que correm, me tem ocupado tem sido a análise de alguns periódicos - com destaque, naturalmente, para os saídos dos prelos instalados nas proximidades do Mandovy. Num deles, conimbricense, datado de 1866, encontrei esta pérola, que não resisto a partilhar com os leitores dos Prazos, ao mesmo tempo que lamento as situações em que, tanto ontem como hoje, tais situações podem conduzir! Ah! E mantêm-se os sublinhados do original.

"É SÉRIO. UM HOMEM viuvo, um pouco feio de cara, estatura regular, saude perfeita, 60 annos de edade, empregado publico, residente 'nesta cidade, deseja casar-se. Quem quizer mande os necessarios esclarecimentos em carta fechada á redacção deste jornal com as iniciaes A.B.C.D.. Não esqueça declarar a edade da noiva."

Pobre desgraçado - saudável mas de facies desagradável, desejando uma noiva ainda nova - o que deves ter sido gozado (sim, porque essa ridícula sucesão alfabética, qual primário código cifrado, de pouco te serviria na pequena Coimbra de então, onde todos conheciam todos e tudo se sabia) na tua repartição, rua, mercearia e café!

Saturday, February 03, 2007

Prazos ... the return!!!;)

Depois de uma ausência exageradamente longa (eu sei, eu sei... e agradeço a todos os fiéis que foram, ao longo desta "travessia do deserto", reclamando contra a pasmacice dos "Prazos"), devida mais a ausências do antivirus (o maldito Norton demorou a chegar, levando 10 dias de Viana do Castelo - nem me perguntem porque é que, em todo o espaço nacional, só na vobis de lá é que se encontrou esse almejado produto) e às cíclicas crises de indisposição do meu precioso portátil - tanto mais precioso quanto mais tese tem "na barriga", eis que os "Prazos do Serrazim" voltam ao activo. E não só estes, pois os seus homónimos parecem, também, estar a passar por uma (rara, convenhamos!;) ) fase produtiva.

Mas de tudo isto - e de muitas outras coisas que foram ficando em "stand by", bem entendido! - iremos falando de hoje em diante!