Wednesday, January 23, 2008

Bizarra parelha

Todos os que gostam de rir durante as tarde de Domingo não deixam de ler as crónicas de crítica literária e artística do magnífico vereador da cultura (popular) da urbe de Cindazunda. No passado fim de semana, propôs-se aquele génio da prosa a elogiar o trabalho (decerto brilhante!;)) de um amigo, Saraiva Coutinho. O título diz tudo:

"A PRÓSTATA E O DIVINO"!!

E não, não estou a brincar!!

Tuesday, January 22, 2008

Momentos de indignação e fúria


O que é que sentiriam ao ver que num antiquário obscuro da cidade se entretinham a vender fotografias antigas da vossa família? Isto tem vindo a acontecer comigo, em Cbr!! Felizmente, parece que a indignação e a fúria que acabaram por vir ao de cima - e que transpiraram numa conversa incisiva - porão um ponto final nesta torpe negociação!!


Thursday, January 17, 2008

A queda de um humorista

Um dos mais afamados jovens humoristas nacionais -Nuno Frederico Markl - começa a mostrar os fatais sintomas que corroem o trabalho da maioria dos seus congéneres: repetitividade, cansaço de ideias, falta de centelha criativa, brejeirice barata, ignorância crassa e ... sobretudo (já que é disso que faz vida) uma perda - constante, vertiginosamente constante - de graça bastante óbvia.

Nuno Markl - que embarcou, à boleia do detestável Fernando Alvim (esse indivíduo que, no trato quotidiano, passa, em questão de segundos, de um estado quase catatónico para uma inexplicável, febril, e sobretudo muitíssimo incompreensível, excitação, para depois voltar ao apatismo originário- e eu sei do que falo, porque o presenciei) na nau difícil do mito eterno adolescente (o que não é fácil, quando os 40 se aproximam e o branco começa a tingir as melenas) que sabe mandar umas graçolas no pátio do liceu - passa por um momento menos feliz na sua carreira.

Sucumbindo a uma insensata vertigem de tudo querer fazer, tudo querer comentar, em tudo querer aparecer, dando quase uma ideia de "Marcelo Rebelo de Sousa dos pequeninos" (e não, não estamos a falar de idade, mas de exigência mental e destreza intelectual), Markl gasta de forma despreocupada a sua imagem, a sua originalidade e o seu repertório.

O que o moverá? Desejo de aparecer, temendo uma eventual futura dissipação da estrelinha que o teu guiado? Não saber dizer não às muitas solicitações que, certamente, recebe? Uma comum (e pouco elaborada) sede de estrelato (seja ele de que tipo for, mesmo que a sua fama se espalhe, apenas, pela massa composta pelos teenagers suburbanos deste país), ou vontade de acumular dinheiro? Não sabemos.

Tudo isto assume, a nosso ver, porém, um ónus demasiado pesado para Markl. Na verdade, ele principia a aborrecer. O chamado "universo markliano" pouco se renova, é feito de um número muito escasso de repetições que o seu autor usa até à exaustão, e cada vez se ressente mais da aridez intelectual que - contrariamente a boa parte dos seus primeiros trabalhos, onde se esforçava por manter um certo humor mais subtil e inteligente - acaba por ser a marca mais forte da prestação actual do homem que um dia (que parece já bem distante) "mordeu o cão".

O descalabro - porque é disso que começam a surgir os primeiros sintomas - surge em várias frentes. Por um lado, e desde logo, a prestação televisiva. Enquanto humorista, é sempre péssima. Agora, paralelamente, optou por aparecer como júri de alguns desses concursos popularuchos que por aí vão surgindo - o que é bem um reflexo da nova imagem que procura vender. Por outro lado, há o terrível Markl que tem a mania que sabe desenhar (!!!!!!!!!!!!!!!) e que é cartoonista, para além de dominar os meandros da BD. Markl esse que ainda não aprendeu a distinguir cartoons de BD, e que mete no mesmo saco a "Turma da Mônica" e "Blake e Mortimer" (partindo do princípio, duvidoso, de que conhece Jacobs), e que publica uns "cartoons" muito grotescos que, para além de invariavelmente versarem os mesmos 3 temas (geralmente em torno do seu gordo umbigo) pouco devem à arte. Markl ainda não compreendeu que o que sabe fazer são "bonecos", e que o seu repertório gráfico é de uma magreza que angustia.
Por fim, meteu-se a fazer, a meias com Luís Louro (que devia estar fora de si, no dia em que aceitou tal parceria) o argumento para um dos albuns de BD deste último. Bom, saiu um tenebroso trabalho, com as mesmas graçolas secantes. Já não há paciência para a obsessão com mulheres de largos atributos, revista Gina, homens totós que evoluem de um cromo liceal para um profissional medícre e com problemas de adaptação na vida e no sexo, etc, etc...

Na rádio - o veículo de informação que, afinal, lhe proporcionou um sucesso bastante consensual, que agora se esforça por reduzir a escombros - também a sua chama começa a apagar-se. Markl, também aqui, se repete, repete, repete.... e, quando não o faz, apoia-se em mails (alguns deles de inacreditável conteúdo, exauridos de graça e destituídos de qualquer interesse) que uns tantos esgroviados que ainda o idolatram lhe mandam. Para além disso, tudo o que faz se resume a uma (má) leitura do 24 Horas (de vez em quando, também passa os olhos pelas parangonas mais chocantes do Correio da Manhã), para daí extrair não só notícias "sumarentas", como também para ler as previsões do astros e horóscopos!

Ontem (com direito a repetição no dia de hoje) tornou a bater bem fundo. Numa interpretação estupidamente forçada, quis fazer analogias baratas dos jogos infantis com acções da vida dos adultos. A principal vítima foi a "apanhada", e o facto de existir o reduto chamado "coito". Ora, o ignorante Markl associou imediatamente este coito ao de cariz sexual, explicando que, numa pesquisa (profundíssima, decerto) que fizera, não encontrara outro significado para a palavra. Ora, será que Markl:
1) nunca ouviu dizer que coito é um espaço marginal, onde se reune um grupo também ele marginal (por ex, "esta casa é um coito de malandros!!")?
2) nunca percebeu que coito é o mesmo que couto - e que uma coutada é um lugar demarcado, onde certos direitos e privilégios podem ser exercidos (contrariamente ao que sucede na generalidade dos demais)?

Aparentemente, não. E Markl afirma ter consultuado o dicionário. Afirma também que "deve ter sido a terceira vez que o fez na vida".

Disse-o a gozar, é certo... mas, e recorrendo a uma expressão velha (pelo que Markl talvez também a não compreenda integralmente), com a verdade me enganas...

Thursday, January 10, 2008

"Ecce homo"

Ei-lo, o homem que - vindo de uma das mais provincianas urbes do nosso país (Pinhel, imaginem!) - brada aos 4 ventos o (suposto) provincianismo da UC, no momento em que se prepara para a abandonar. Não seria bem mais útil - a existir efectivamente essa chaga na mais insigne das Universidades locais - pugnar pela sua cura?? Quando se tem mais de 700 anos, não há instituição que não apresente altos e baixos ... e quem fica na História é quem luta para que os primeiros superem de forma segura e constante os primeiros. Pombal, Francisco de Lemos, Marnoco, e tantos outros, serão sempre lembrados por isso. Não se iludam os arautos da desgraça: na memória perduram os que lutaram por aquilo em que acreditavam, não se acomodando (lamentando) a um canto!

Sabem quem é?