Blerghh! Graniza, chove e troveja na capital... e na BN as tolas senhoras que por lá trabalham prevêm uma quase hecatombe metereológica, que, sem piedade, lançará o país em pleno oceano. Cabeças desocupadas têm tendência a exagerar...!;)
E já que falo de ajudantes "domésticas" (chamemos-lhes assim, de modo a não ofender sensibilidades nem "sindicatos"), não posso deixar de referir o artístico arranjo que a "minha" fez, ontem, no S10 do CUP XII. Bom, antes de mais há que frisar a excelência do desempenho profissional da senhora, que é uma funcionária óptima, e ultra-cuidadosa. Sobretudo se comparada com a super-calamitosa sua antecessora, agora removida para outra ala (para descontentamento dos habitantes "de lá" e alegria dos "de cá"!;)). É realmente tao cuidadosa que me muda as folhas do calendário quando me atraso em fazê-lo, e dispõe em montinhos as fichas de arquivos e bibliotecas.
Ontem, porém, não resistiu a misturar o seu amor pela ordem e arrumação com uma bizarria de gosto que não lhe conhecia. 5ª é dia de mudar os lençóis (nada de novo, portanto), e eu, há escassos dias, trouxe de Coimbra uma verdadeiramente quente manta de Manteigas, que os meus Pais de lá me trouxeram. Acrescente-se que se trata de uma autêntica manta de pastor - cumprindo o desejo de preservar a tradição têxtil local que é perseguido pela Ecolã, que a produziu. Todas e quaisquer dúvidas nesse sentido foram, aliás, desfeitas pela descoberta, nos recessos do vetusto e motta-vêiguico Castelo, de uma divertida e realista foto de pastores serranos posando há mais de 100 anos num penedo desértico. Todos tinham, ao lado dos seus varapaus, tachos de cobre e calças de burel (as tais que se punham em pé sem precisar de ter um utilizador, tal a sua consistência!), mantas iguais à minha. E uma manta de pastor quer-se escura e despretensiosa... por isso as de hoje ainda mantêm os padrões sóbrios, e oscilam entre uma paleta de castanhos claros e uma de castanhos escuros, eventualmente raiados de branco e dispostos em quadrados ou listas.
Pois bem, eu tenho (naturalmente...) a manta aos pés da cama, dobrada de forma "normal": ie, em rectângulo.
No entanto, quando ontem cheguei (e, confesso, a minha primeira e indignada reacção foi"quem usou a minha manta!?") constatei que o zelo pela ordem e arrumação da senhora encarregue das limpezas a levara a dispôr aquele pedaço de pano em forma de ... LEQUE! Sim, LEQUE! Um "lindo" leque castanho, contrastando violentamente com a colcha multicolor!
Inenarrável!;)
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