Prazos do Serrazim
Wednesday, October 24, 2007
Piedosas festividades (II)
Pois bem - e retomando o fio à narração - às solenidades intelectuais e religiosas seguiu-se a habitual refeição "comunitária" (mas não o são, por definição, todas as feitas nesta Casa?!?;)), no comunitário refeitório. Repasto esmerado, com o pessoal das cozinhas, liderado por Dona F., a trabalhar de forma quase irrepreensível - não fosse a escassez de pratos limpos que, de quando em quando, se fez sentir. Entradou-se, bacalhoou-se e, sobretudo, conversou-se muito e bem!
Mas o melhor - somos portugueses, já se sabe que o melhor é o fim da refeição - foram, naturalmente, as sobremesas! Estas foram servidas (como é já hábito) no bar. Mas, este ano, a veia decoradora de Dona F. superou-se!! As ataviadas mesas, repletas de doces apetecíveis, eram montadas em redor dos belos jarrões mandarim do escritório do P. Oliveira (esse espaço de luxo otomonano, se comparado com o resto dos apartamentos colegiais, onde ainda se respira muito um "ar de império", com as cadeiras vitorianas a fazer sombra a porcelanas da China e a um belo, sem bem que já setecentista, crucifixo indo-português).
Duas questões são para nós motivo de genuíno pasmo:
1) como deixou o Director que se usassem as jarras do seu gabinete??
2) como é que nenhuma delas se partiu???????
Para gáudio do feitor destes Prazos (que andam sempre bem amanhados, já se sabe!) havia duas das sobremesas preferidas. Pois é, senhores: queijo de amêndoa, a lembrar as veigas do Mondego, e as excelentes Donas Amélias do Forno, recordando Angra! Em relação a estas últimas, reparou-se nelas porque um pobre ignorante (mas bom rapaz, pelo que nos reservamos o direito de não divulgar o seu nome) comentou (felizmente suficientemente perto dos nossos ouvidos, parcialmente entretidos com uma conversa sobre o recente mau funcionamento da net no Colégio): "Mas que bolos com tão mau aspecto!"!! Tss, tss!! Deve ser daquelas pessoas que consideram que um insípido pão de ló (essa receita de ovos e muita água) é que faz um bom fim de refeição!;)
A verdade é que as Donas Amélias estavam excelentes - boa lembrança dos Monjardino Dentinho, que foram quem as trouxe - e sobraram até para o jantar do dia seguinte!;)
Piedosas festividades (I)
No passado sábado, com a pompa e circunstância possíveis, o CUPXII festejou em simultaneo mais um ano de vida (ainda se repercutem os ecos do cinquentenário), um novo ano escolar, a chegada de "carne fresca" - leiam-se, novos caloiros - e o aumento da cristandade militante que, apesar de tudo, pretende (ainda que de forma ligth) incrementar.
E tudo correu pelo melhor.
O dia abriu com uma conferência de um orador que não é demasiado ousado (é pena, é pena, o CUP tem valores bem melhores, capazes de abordagem bem mais actuais e inteligentes das questões quotidianas...), mas que, por isso mesmo, pouca mossa causou.
Seguiu-se a clássica missa (outra coisa não podia ser, certo, para todos os efeitos estamos no Pio!;)). A coordenação esteve a cargo de uma das figuras de proa da juventude social-democrata local: Zé Baptista (o qual, contudo, apesar das suas convicções e activa militância, falhou redondamente em TODOS os prognósticos relativos à questão Mendes/Menezes!!), que se aplicou a fundo. De maestro (bom, "maestro" é um exagero - melhor: desde homem que se põe à frente dos que cantam a tentar marcar algo parecido com ritmo) a entertainer, passando por supervisor atento, fez um bom papel. Claro está que a 2ª leitura foi notavelmente lida - por um rapaz de cabelo espetado e gravata verde berrante O momento dissonante foi protagonizado por Marcus Mendonça, que destruiu (voluntariamente, alega!) a "formatura" dos 7 que foram ler a oração dos fiéis.
Seguiu-se um repasto, que decerto será análise do próximo post!