Thursday, April 27, 2006

Moulinsart

Se Moulinsart existisse - isto é, existisse MESMO, e não só nos álbuns do Tintim e no imaginário dos seus admiradores - seria algo assim:





Esta montagem feita com base em Cheverny lembra mesmo o clássico desenho de Hergé:


Só se estranham aqueles turistas a subir as escadas (sim, os pontos minúsculos, que mal se divisam, junto à porta). Mas, oportunamente, douremos a realidade e vejamos naqueles dois anónimos visitantes - talvez nipónicos en route pela Europa - o fiel e eficiente Nestor e o pianista de Madame Castafiore (que, dentro de portas, sempre secundada pela fiel e reprimida Irma, canta o quão bela fica adornada com a esmeralda do Marajá de Gopal, agora já recuperada da reserva pacientemente armazenada pela rossiniana gazza ladra numa árvore da quinta!;)).

uma perspectiva gira de Velha Goa! Lembram-se do clássico mapa de Angra? Este é "primo"

Wednesday, April 26, 2006

SANTO OFÍCIO

É verdade, LCO anda, agora, às voltas com a Inquisição (ou o que resta dela - nos tempos a que dedica os seus estudos, nos quais os ventos iluminados, afortunadamente, já sopram, afastando tais juízos). E amaldiçoa o David Higgs (esse canadiano pouco cuidadoso) que quase destruiu um bom filão de investigação com um artigo interessante mas POUCO, MUITO POUCO trabalhado! Porquê, Deus meu? Porquê publicar trabalhos tão manifestamente incompletos!:(
No entanto, se quiserem estar a par de velhas novidades relativas aos brâmanes de LCO, estejam atentos aos Prazos do Serrazim!;)



Eis uma ilustração da inquisição em Goa - talvez um tanto imaginada, mas enfim...


Friday, April 07, 2006

está a chegar!;)


Ainda que LENTAMENTE - para gáudio de certas funcionárias loucas da Torre do Tombo e para um elemento do pessoal doméstico familiar que gosta que "caia ouro do céu"(!) - o bom tempo está a chegar!!:)

E bom tempo lembra calor
E calor lembra praia e países quentes
E a areia e as temperaturas arábicas lembram o Egipto
E o Egipto (claro!) lembra o "Mistério da Grande Pirâmide"!;)

Onde estarão os demais papiros de Maneton??;)

Monday, April 03, 2006

My house

"Our house, in the middle of our street
Our house, in the middle of our street
Our house, in the middle of our street
Our house, in the middle of our
Our house, was our castle and our keep
Our house, in the middle of our street
Our house, that was where we used to sleep
Our house, in the middle of our street
Our house, in the middle of our street"

Ok, talvez não fique mal de todo citar os Madness (sim, já os conheço há centúrias: os meus Tios PL mais novos fartavam-se de os ouvir quando nós, crianças pequenas e sem vontade própria, tínhamos de dormir a sesta ou recolher, pontualmente, às 21!;)) para falar um pouco sobre a minha casa lisboeta. Um amigo - também ele conimbricense a residir na capital (somos uma colónia numerosa, e em crescendo!) - afirma jocosamente que não posso usar tal expressão. Isto porque crê que, no sentido estrito do termo, eu NÃO tenho casa em qualquer avenida, rua, beco ou mera travessa escura lisboeta. Naturalmente, não admito a bondade da pretensão desse meu referido amigo. Cada um acredita no que quer! E argumento, orgulhoso qb dos meus domínios: o Pio é a minha casa! E lá estou bem!;)
E, na verdade, o Pio é, para mim, um local dotado de muitas pequenas excelências que me tornam deveras confortável a vida junto ao Tejo! Em primeiro lugar, a sua localização. Ok, ok, é longe que se farta da Junqueira e do seu AHU! Mas, convenhamos, TUDO é longe da Junqueira! E lá eu não morava nem que me oferecessem, devidamente restaurado (e não a triste ruína dos dias que correm) o Palácio Ribeira Grande!;) O Pio é perto de várias coisas de que gosto: da BN, da Torre do Tombo (10 min a pé), da Faculdade de Dto da Clássica (se for preciso alguma coisa mais jurídica), da casa dos meus Tios (7 min. a pé - perfeito para lá ir jantar e em caso de uma qualquer insuspeita emergência!;)), da linha amarela do metro (a única que vale a pena, e que me leva ao Rato num piscar de olhos), do meu apreciado Saldanha..., etc,etc. Está implantado numa zona com bom aspecto, onde se pode andar à noite sem grandes problemas, tem o cup&cino ao lado... Enfim!...
Depois, o espaço em si! O Pio tem court de ténis para desentorpecer a raquete, tem um jardim para o qual dá a minha janela (com umas flores de que desconheço o nome, na minha crassa ignorância nos domínios da botânica, mas que cheiram bem - embora nada chegue ao odor das glícinias em Coimbra!), tem salas para tudo e mais alguma coisa, tem um batalhão de empregados, um jardineiro e uma governanta - com todas as vantagens e inconvenientes que os respectivos estatutos acarretam (mas quem conhece LCO sabe o quanto ele aprecia um bom batalhão doméstico!;)). Tem um director simpático, um vice-director que é meu vizinho de piso e que é um homem afável e verdadeiramente culto, tem figuras únicas (como certo irmão que se encontra frequentemente pelos corredores, e que sempre nos faz as mesmas perguntas, para se esquecer delas no momento imediato). Até há uma vasta capela privativa, para as "piedades dominicais"!
Seguem-se as múltiplas actividades: cinema 2 vezes por semana, com filmes recentíssimos (voltou, iupii!) na "cripta" (sim, é mesmo uma cripta, debaixo da capela - lembra um pouco os "castores"), campeonatos de Kart, debates e conferências, uma festa de vez em quando, etc...
Não tem preço a magnífica ausência de preocupações domésticas com que me deparo aqui: a minha única tarefa - e é porque quero - é fazer a cama! O resto (bom, o almoço não) aparece feito! Limpezas e cozinhados estão devidamente entregues!
Viver num colégio, quando se vem para Lisboa, comporta ainda, a meu ver, uma outra considerável benesse: nunca se está sozinho (o problema que parece afectar mais gente pela capital): para além de conheceres constantemente gente nova, já tens um grupo com quem te dás melhor - mas se se quiser, pode-se ir variando (a escolha é vasta). Mesmo que cada um esteja no recato do seu espaço (ie, do seu quarto) sabe que, lá fora - mesmo que nada se ouça nem pressinta - estão muitos outros. E isso pode ser, eventualmente, reconfortante.
Por fim, o MEU CANTO - esses m2 que alguns asseveram não poderem constituir uma verdadeira casa!;) O meu quarto é amplo e luminoso - e só isso bastava! Tem sol a potes (essencial!) e um WC que lhe dá a necessária independência! Um sofá confortável, uma estante e uma amplíssima secretária, a par com a cama e a mesa de cabeceira constituem o recheio. Alguns resmungam contra a simplicidade da decoração - mas LCO, que gosta e pode viver entre pau preto e louças mandarinas dá-se por satisfeito. E LCO - não se iludam - não é (nada!) fácil de satisfazer!;)
Mas por vezes é nestes pormenores que se mostra a essência de cada um!;)


Sunday, April 02, 2006

"recortes informáticos e... evolução genética!;)


Ontem, finalmente, LCO logrou compreender o essencial da (aparentemente) difícil arte de "recortar" fotos digitalizadas! Alegria imensa - e quase um inconfessável orgulho (não se trata de uma tarefa assim TÃO difícil) - foram os sentimentos que o assolaram, a par com um agradável feeling de alívio. Assim, já pode introduzir os pedaços de fotografias que quiser nas (já) malfadadas "Famílias de Seia", cuja - INTERMINÁVEL - revisão se dirige agora, a passadas largas, para o seu término!

Ora, é claro que estas tarefas suscitam, por vezes, paralelismos curiosos. Assim, por exemplo, quando nos entretemos a "recortar" uma fotografia hodierna e uma outra de oitocentos - sendo que ambas retratam pessoas da mesma família, subentenda-se! - não podemos deixar de pensar que a genética (esperemos que a bióloga das littorinas não se escandalize com tanta ignorância científica) é, por vezes, muito complacente!;)