Thursday, November 16, 2006

Luso-étnico!;)

Dedicado à J. Nelas (née Maia), que me levou a descobrir o inenarravel Tangaroa!;)
Amigos, a capital (já se sabe) encerra extraordinários recantos, onde o pasmo dos que ainda não conhecem esses quase indescritíveis espaços alcança os limites possíveis!
Aqui se insere o - quase que direi que "mítico", de tão kitsh! - Tangaroa, um bar cuja decoração parece ter saído das divagações de um aborígene alucinado! Lá, tudo (mas tudo!) é tão extraordinariamente e inimaginavelmente non-sense que o todo alcançado obtém uma certa unidade.
Atentemos numa descrição que encontrámos (ao calhas...) na net, num site relativo a bares lisboetas. O Tangaroa é descrito como:
"A neighbour of Bora-Bora, this Hawain bar is yet another corner of Paradise which escaped the missionary zeal of the priests. Vizinho do Bora-Bora, este bar do Hawai representa mais um canto do Paraíso, que escapou ao fervor missionário dos padres. Av. Almirante Reis, 194 - A 1000 - LISBOA 18.00 - 22.30hr"

Insólito?

Pois bem, esta é uma descrição SUAVE, quase NEUTRA de tal sítio - desde logo porque não refere:
1) a "magnífica" decoração, plena de motivos que parecem ter vindos de um cargueiro regressado da Nova Zelândia e carregado de artefactos baratos "para europeu comprar";
2) os repuxos que, aqui e ali, entre a luxuriosa vegetação, alegram e aliviam o pesado ambiente tribal;
3) os trajes dos pobres empregados, que têm não só de usar umas camisas "havainas" inchadas, como também umas calças que, seguindo a moda dos 40's, lhes chegam bem acima dos respectivos umbigos;
4) as ementas - e, senhores, que ementas! Tão loucas quanto plenas de erros gramaticais hilariantes! Onde terão sido escritas? E que deliciosos comentários se tecem a cada uma das bebidas apresentadas... pena é que quase não se especifique a composição das mesmas!
5) e, por fim, a forma como as ditas bebidas são servidas: em recipientes bizarros, imensos, incomportáveis... O meu era um vasto escorpião de barro, o da J. Nelas um ídolo do Pacífico... Obviamente, tais composições de gosto e arte não se podem segurar, como qualquer copo banal. São demasiado pesadas, largas, arrebicadas, para isso. Por isso, são depostas numa mesinha situada à frente do consumidor, ao qual são fornecidas longuíssimas (sem exagero!) palhinhas, que percorrem o caminho entre a glote e a beberagem pedida!

Os Prazos do Serrazim não têm por hábito publicitar lugares... mas, se gostam (e mesmo que não gostem...) de espaços tão únicos como inusitados, não deixem de, ao som dos tantãs, ir beber um copo ao Tangaroa!;)

2 Comments:

At 4:04 PM, Anonymous Anonymous said...

Luigi, este bar é imbatível!! nada como ter um irmão "connaiseur"!!
Temos que partir denovo à descoberta dos bares perdidos da capital!:P
Bj,Joana

 
At 8:40 PM, Anonymous Anonymous said...

Bonjorno, prazosdoserrazim.blogspot.com!
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