Wednesday, July 02, 2008

a NÃO ver!!

Caríssimos leitores que passais por estes cibernéticos pinheirais, permitam-me que vos dê um conselho cinematográfico. Sei que esse género de crítica não é comum nestes prazos, mas, no presente caso, mais do que salvar a vossa carteira de um alívio de cerca de 5 euros, quero salvar a vossa vida de um monumental (e extra, pelo que absolutamente desnecessário) tédio de 2 horas.

Não - repito, de forma enfática - NÃO vão ver o "My Blueberry Nights - O Sabor do Amor"!!

É uma película tenebrosamente CHATA, com uma história tão secante, tão secante, que os planaltos desérticos percorridos, em parte do filme, pelo jaguar da jogadora de poker que por lá aparece a páginas tantas, parecem de um extraordinário interesse. Foi ontem, seguindo a sugestão de um amigo que me exigiu absoluta confidencialidade no que à sua identificação concerne - sobretudo após termos visto o filme (o que atesta algum bom senso da parte dele, pois ser conotado com tal selecção não é propriamente um facto de que qualquer um se possa orgulhar) - que tive o prazer de contactar com esse monumento tão deprimente, tão anémico, tão atreito a provocar bocejos nas 5 pessoas que permaneceram na sala (sim, havia um 6º que, após ter devorado, ruidosamente, todas as pipocas que trouxera, abandonou a sala ainda na 1a parte).

A história é simples: Elizabeth é uma encantadora e tonta rapariga, que ama perdidamente um homem mau e perverso que a troca por outra. Ela (que fica a saber de tudo por um empregado de bar que não sabe manter a boca fechada) fica destroçada, pois não o consegue esquecer. Tenta deixar as chaves da casa do seu pérfido amante no café do simpático empregado de bar, onde passa a ir todas as noites, à hora do fecho. Come tarte de mirtilos, bebe café e fuma cigarros com o rapaz atrás do balcão, que se revela uma alma de poeta. Um belo dia, Elizabeth decide partir. Talvez (embora nada se diga sobre isso no filme) por já ter torrado todo o dinheiro que tinha, ou por ter sido despedida (passar todas as noites num bar não deve ajudar muito à manutenção do emrego). Decide, pois, ir "correr mundo" - ou, melhor, percorrer parte dos EUA. Abandona NY em detrimento das terras mais deprimentes, onde trabalhará nas mais piolhosas espeluncas e terá contacto com as mais inúteis das gentes. Aí começará a sua "história de vida", ao começar a conhecer melhor uma série de personagens muito estereotipadas, mas que afectam, cada uma delas, albergar profundos e originais dramas pessoais. E assim temos o polícia bêbado mas (lá no fundo, mesmo no fundo) boa pessoa, que se mata, a sua mulher louca mas também (lá no fundo, mesmo no fundo) melhor do que parece, a viciada no jogo que (lá no fundo, mesmo no fundo) igualmente se aproveita e tem um coração mais ou menos de ouro.

No fim, Elizabeth, rica de todas estas experiências, volta à sua cidade e à sua vida de antes, passando as noites no bar do seu amado Jeremy, para quem nunca deixara de enviar postais. Ele manteve sempre um lugar reservado à sua espera (ao balcão e no seu coração), e viu repetidamente as cassetes de vigilância em que ela aparecia. Ver as cassetes de vigilância que gravavam o que se passava no bar durante o dia era o entretenimento nocturno deste rapaz tão interessante... Fim da história... umas das piores de que há memória!;)

1 Comments:

At 10:13 AM, Blogger Joanight said...

e exagerooooooo lol
o filme é realmente parado, mas tb nao é tao detestavel como dizes! ;)

 

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