Passado vs Presente
Hum....
Hoje um amigo angolano comunicou-nos que lhe parecia que os portugueses do presente são menos aventureiros do que os seus "gloriosos" antepassados marítimos. Que não nos via a lançarmo-nos para "mares" (em vários sentidos, naturalmente, e já não somente na sua significação tradicional) inóspitos e desconhecidos. Eu ironizei um bocado com o prognóstico pessimista, mas fiquei a pensar... Em primeiro lugar, há que dizer que o indivíduo em causa não é nenhum complexado da colonização - novas gerações, novas realidades, outras visões... - e que até não desgosta do país. É, sobretudo, um homem que aprecia viver, da forma mais intensa possível, os prazeres da vida! Por isso, o que dizia podia, com forte probabilidade, ser minimamente sentido.
Por isso, subiste a questão: será verdade?
E a resposta, obviamente, é: não sei!
Por vezes, a melhor solução é olhar para o umbigo. Bem, eu e a minha Mana temos a nossa quota parte de avoengos seiscentistas intrépidos (ou assim imortalizados pelas crónicas!;)): desde o clássico tio que foi ao Brasil, ao avô distante que fundou a 1ª feitoria na Índia e que era, por sua vez, primo direito de um almirante de longas barbas, ao tio (irmão da Joana de Castro Cabral que consideravam ter morrido em "fama de santidade", após ter casado, apesar da oposição do Papa, com um primo que morreu precocemente!) que governou Goa...
E hoje?
Algum de nós conta conquistar um milímetro de terra que seja? Ou participar numa qualquer viagem extraordinariamente ousada e inédita?? Bom, acho que as nossas maiores expectativas são mesmo ao nível científico!
Teremos, pois, perdido a "chispa" do passado?
Se sim, quando foi? Algures durante o ócio dos séculos, só animado por pontuais, e domésticas, disputas polémicas (em torno de um "liberalismo" que já chegou velho, contra um exército francês corrupto, cacicando contra os rivais políticos)??
Ou terá a ousadia do passado tomado outras formas, que ainda não souberam - ou puderam - dar frutos?
Permanece a questão em aberto - como eu não gosto de as deixar - mas acompanhada de forte esperança nessa realidade!
2 Comments:
Só uma coisa... percebi tudo o que disseste(!), tanto como entendi o que fazia um qualquer espanhol que não manda em nada na 1ª visita oficial do President? Já agora aquele Marques Mendes não sabe ir à vidinha dele!?
Quando falas na Angola... só me lembro nas "caneladas" que deram ao Pauleta no último jogo à bola que jogamos contra eles...
No mundial vamos tremer =/...
como diz o nosso pai: ja tudo foi descoberto, agora interessa como aplicamos esse conhecimento :)
mas, eu continuo c esperança..pode ser q encontre uma concha nova neste nosso tão vasto mar.. :)
e qt a não sermos aventureiros, não concordo nada! não partimos p novas terras em busca d q não temos ca?..ou q é mais importante? um marco numa terra desconhecida? ou um artigo portugues numa revista d renome internacional? :)
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